A Arte e a menopausa.

A arte dá-me os afrontamentos. Continuo todos os dias a tentar ser um artista. A perceber onde me localizo neste espaço e tempo. A procura castra-me e coloca-me numa situação de técnico resolutor de problemas. Procuro o material correcto para a aplicação correcta. Sou um artista capaz de seleccionar matéria e média. Mas após este selecção, ser artista passa pelo conceito.

O conceito é o objecto central de cada obra.
Nós estamos num mundo onde a informação circula de uma forma demasiado rápida. Tão rápida que inspirações majólicas tornariam Bordalo uma cópia. A tristeza do conhecimento é a sua sistematização.
Não sou artista porque não quero só fazer. Sou artista porque quero dizer. O atrelar a Nan Goldin, Cindy Sherman, Damien Hirst, Jeff Koons, o neo-pop, ao sexo pelo sexo ou até a repetição do média torna-se obvio com esta velocidade de partilha de informação.
Vi uns dias umas coisas. Umas obras artísticas de materiais pobres e de conceitos copiados. E lamento que ser portugues não passe por levar conhecimento novo para o exterior, mas sim por importar ideias.

Não me deixem ser só criativo.

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