Reflexão

A cidade pode magoar o cérebro, diz Jonah Lehrer num dos seus últimos textos. Londres e Paris podem ter inspirado artistas, pintores e dramaturgos mas eles acabaram sempre por se refugiar no campo. Lehrer cita recentes pesquisas científicas que garantem que viver em ambiente urbano atrofia os nossos processos mentais básicos como a memória e o auto-controlo. Tudo porque o cérebro humano se esgota na imensa quantidade de estímulos e ameaças que tem de enfrentar e aos quais tem de dar resposta. Pelo contrário, os ambientes naturais não exigem a mesma quantidade de esforço cognitivo. Segundo investigadores da Universidade do Michigan, os doentes internados num hospital recuperam mais rapidamente quando podem ver árvores a partir das suas janelas e as pessoas que vivem em apartamentos virados para uma zona verde evidenciam maior poder de concentração.
Plantar mais árvores no interior da cidade ou criar parques urbanos com mais variedade de plantas pode reduzir significativamente os efeitos negativos da vida urbana. Por isso crianças com problemas de memória e de concentração parecem melhorá-las quando imersos em ambientes naturais.
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